Marcas da Autenticidade
Luiz Soares das Terras Nordestinas.
Sem sombra de dúvidas experenciamos muitos fatos e comportamentos, quando adentramos no mundo da espiritualidade. Foi um caminho cheio de descobrimentos, informações, aprendizado, definições que nos tornaram específicos e altamente seletivos. Acreditar na imortalidade da alma passa prioritariamente pela incursão da observação pontual, que culmina, enfim em aceitar a LUZ.
Não podemos reprisar cronologicamente a nossa essência, o sopro amoroso e divino que nos deu a qualidade infinita de filhos do Universo. No velho jargão popular se evidencia o antes, o durante e o depois. A sentença a que nos sentenciamos, por decisão própria ou por influencia, nos desqualificou para entender a amplitude a que somos e pertencemos.
Para melhor nos situarmos seria melhor acreditarmos que fomos, sim, inquilinos de um processo de vindas e idas. Cada vinda seria uma oportunidade de lapidação numa essência que, propositadamente, conscientemente ou inconscientemente nos fez párias. Cada vinda seria como se estivéssemos a retirar camadas e camadas de invólucros, responsáveis pela nossa opacidade.
Quem destruiu a nossa veracidade? Quem criou empecilhos e nos distanciou da fonte suprema? Quem lixou o nosso brilho? Quem nos enfaixou e nos tornou moribundos premeditados? Quem nos induziu a seguir caminhos que nos levaram aos precipícios tenebrosos? Quem nos fez aceitar e nos deixar envolver com o cântico das causas efêmeras? Enfim, quem nos tornou discípulos do medo? Elementar: NÓS MESMOS!
Perdidos e vagando entre as vindas e idas, tentávamos cumprir cada uma das nossas inúmeras oportunidades constituídas. É claro que a máxima pode ser incluída, nesta odisseia sem fronteiras, quando encontramos as muitas desculpas esfarrapadas, do tipo: O homem é o produto do meio! Dize-me com quem andas e eu saberei quem tu és! Não teve as oportunidades e, assim se tornou um excluído da vida! Não foi convenientemente amado por seus pais! Não teve a educação satisfatória! Enfim, é um João ninguém que precisa ser protegido. – Lerdo engano!
A máscara que supostamente seria a responsável por tantos infortúnios existenciais finalmente começa a ser rebentada. Em verdade, se nos somos os únicos responsáveis por nossos atos, porque então tentar colocar a culpa nas causas externas? Multiplicamos euforicamente e individualmente as nossas vitórias; já, em contrapartida tentamos dividir as nossas derrotas, os nossos medos, as nossas lágrimas, perdas, abandonos, insucessos, desamores, etc.
O maior exemplo da verdade absoluta, da grandiosa individualidade, do amor eterno, da força que chega acalmar o mar bravio, do poder de multiplicar o pão, de curar enfermos condenados, de fazer ressuscitar um corpo inerte, foi Jesus.
Infelizmente os inquilinos que compõem a atual humanidade ao invés de buscarem com isto o exemplo enveredaram por um caminho mais simples. Transferiu para ele a responsabilidade de conduzir os nossos desejos, aspirações e sonhos desafortunados.
O termo SE DEUS QUISER representa a banalização do amor próprio. O ser humano se tornou propositadamente um ferrenho abnegado e dependente crônico. Vai chover – se deus quiser! Vai viajar – se deus quiser! O meu time vai ganhar – se deus quiser! Vou tirar na loteria – se deus quiser! Vou ficar curado – se deus quiser! Vou reatar o meu casamento – se deus quiser! Vou… – se deusquiser! Ora bolas se assim seria o nosso destino, o deus que imaginamos e nos tornamos escravos, seria o nosso eterno PATRÃO. Melhor seria ter por ele a carteira de trabalho assinada, gozar férias, receber o décimo terceiro salário, exigir reajustes, adquirir ótimas residências e poder dispor de um luxuoso carrão importado. Eis, portanto a grande diferença entre DEUS e deus. Qual dos dois você adotou?
Ainda temos neste tipo de postulado aqueles que se transformaram em discípulos da manipulação, por puro comodismo. Simplicidade, sem vontade própria. Leem tudo. Rezam novenas e mais novenas. O terço seria a marca registrada do comportamento mecânico. Quem sabe repetindo freneticamente, se lamentando desesperadamente, os céus não nos escutem e nos atendam?
Ainda bem que os tempos presentes nos informam e nos induzem a sermos AUTENTICOS. A razão da ascensão finalmente tomar forma e elimina tais crédulos e suas nefastas dependências crônicas. Os informes são outros. Os dizeres e esclarecimentos são outros. No âmago da questão estamos sendo induzidos a acreditarmos, confiarmos, e nos postarmos como seres iluminados com a LUZ que habita dentro de cada um de nós.
A virtude dos tempos que se anunciam nos transporta para outro tipo de acreditar e agir. Acreditar no que somos e tencionamos ser; e, assim agir em prol de todos. Portanto, estamos por fim assumindo o nosso próprio EU SOU. Com disciplina, dedicação e muita determinação para construir e fazer fluir em cada um de nós, a nossa irrefutável essência divina. Os céus torcem por nós. Os céus nos ajudam a encontrar e poder assim trilhar o verdadeiro caminho da imortalidade. O poder de o EU SER advém do PAI que nos ama e continua a nos amar indistintamente.
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