sexta-feira, 18 de julho de 2014

Somos co-criadores da Criação 

Somos co-criadores da Criação


:: Luís Vasconcellos :: 
Ganhar consciência da sua realidade é uma tarefa ou processo contínuo e que vale uma vida: dá sentido a toda uma existência! Ninguém errará muito se pensar que este é o motivo maior de existirmos.

Contudo, o fato imediato de que estamos todos "OLHANDO/PERCEBENDO" para as coisas, pessoas e situações do mundo não nos dá a garantia de que estejamos "VENDO" através de uma consciência desperta para a constatação psicológica de que aqui estamos como construtores da realidade percebida.

OLHAR é algo mais imediato e direto do que o VER, que exige que nos conscientizemos de nossa percepção como algo pessoal e que carrega muito de nossa subjetividade.
O VER está para um DESPERTAR de CONSCIÊNCIA assim como o OLHAR está para o AUTOMATISMO inconsciente.

Estar em estado de vigília e, portanto, acordado do sono noturno não garante, por si só, que estejamos DESPERTOS para as possibilidades e alternativas que um estado de consciência mais amplo demanda de nós. Estar conscientes ou racionais, não nos garante que estejamos longe de viver presos de ilusões e enganos. Muito do que se passa enquanto no estado de vigília se traduz por automatismos e ações, no mais das vezes, inconscientes.

Existem em nós, convivendo como em um TODO, tanto o plano Consciente quanto o âmbito do Inconsciente. Sendo este último um nome para denotar tudo aquilo que, ainda que sendo, nosso, não temos dele consciência.
Esta é a nossa condição natural e primordial: somos construídos de luz e escuridão, assim como o universo. Assim como acima, embaixo. Assim como fora, dentro. Sabemos muito a respeito de algumas coisas e sabemos quase nada a respeito de muitas coisas.
Aceitar com humildade crescente esta condição primordial (a de que somos construídos de Consciente e Inconsciente) acaba sendo uma exigência para quem deseja experimentar alternativas e possibilidades implícitas em um despertar para um Estado de Consciência que mereça este nome.

Custa algum esforço acordar de um transe para VER que aquilo que cada um toma como Realidade não é, de fato, tão próximo de um REAL quanto seria útil e necessário. Sim porque a Realidade está aí e nós também, mas nossa Consciência dela é limitada e alterada continuamente pela nossa vida íntima, pelos nossos interesses, tanto quanto pelos nossos desinteresses, pelos nossos desejos tanto quando pelo indesejável, pelos medos tanto quanto pelo destemor, pelas carências tanto quanto pelas abundâncias. Cada qual constrói a Realidade que é percebida. Cada um de nós influi decisivamente sobre a realidade percebida, pela simples presença de nós mesmos como percebedores. Olhar é simples e direto; VER é complexo e indireto.

Todos, indistintamente, projetamos e atribuímos à realidade um sem número de conteúdos nossos, apenas alguns destes são conscientes, no geral são projeções inconscientes. Identificamo-nos por inteiro com esta "quase-realidade" que temos como absoluta e descartamos as experiências, fatos, coisas, situações incompatíveis com ela. Cada "quase-realidade" pessoal não passa de uma versão possível do que as coisas são. Há sempre múltiplas versões ou perspectivas da Realidade. Despertar de uma "quase-realidade" é reconhecer seu valor e importância relativas.
Construímos uma "quase-realidade": Isto é tão factual quanto o respirar e o comer, o dormir e o acordar, tão evidente quanto o fato de estarmos vivos e, entretanto, pode escapar à percepção da grande maioria: existe o mundo físico (coisas, pessoas, situações) e existimos, cada um de nós, como construtores e co-criadores da realidade vivida. Este é o fato psicológico de cuja aceitação depende o despertar para um estado de Consciência que mereça este nome.

A quase-realidade é construída (simplificando muito!) do mundo físico menos aquilo que cada um não percebe nele, mais as projeções pessoais que existem em infinitos tipos e qualidades. Não é a realidade que muda quando alguém a olha inspirado pelo otimismo ou, vice-versa, possuído pelo pessimismo e pela descrença. Por outro lado, diante do mesmo fato e situação podemos encontrar, lado a lado, um otimista e um pessimista, provavelmente em uma acalorada discussão...

Construímos através de nossa intencionalidade, preferências, carências e desejos uma quase-realidade e é com esta que estabelecemos a relação percebedor/mundo percebido.
Alguém se encontra iludido por seu otimismo exagerado, outro está iludido por um pessimismo negro e a realidade não tem muito a ver com isto. Ambos estão iludidos, ambos exageram e não sabem que estão usando um "filtro" que seleciona tudo que é percebido por eles e que cria uma "ótica particular" ao olhar para as coisas, pessoas, situações... Enquanto não se aperceberem disto viverão na inconsciência de sua vida psicológica e não poderão reconhecer as características pessoais que compõem o seu mundo íntimo. O autoconhecimento exige que se desperte deste transe ilusório.
Todo estado de Consciência é limitado e só é real em termos relativos. Um apego excessivo a um determinado estado de consciência (construindo sempre o mesmo "mundo"), visto de uma perspectiva mais ampla, pode significar um aprisionamento nele (identificação, fixação) e assim se pode definir, p. ex., uma "psicose" ou uma "fobia" ou um estado de "pânico".

Outro fato psicológico é que o condicionamento do "filtro" e da "ótica" de cada um foi construído primariamente durante a infância e juventude, Cada um está mais aprisionado e emaranhado ao seu "filtro" do que imagina. O condicionamento é um fator redutor e selecionador da percepção e, por outro lado, cria um "filtro" que aprisiona a mente através do apego a valores, conceitos e noções como as de Bem/Mal ou as de Certo/Errado... Nos apegamos a este "filtro" como se não pudéssemos existir como indivíduos sem ele e seus efeitos sobre nós.

A quase-realidade que percebemos e que, portanto, é aquela na qual vivemos e existimos, reflete e denuncia o nosso próprio estado de Consciência, nosso estágio de desenvolvimento e não somos capazes de Despertar para a Realidade sem antes despertamos para quem somos, de onde viemos e o que estamos fazendo no "aqui e agora" de nossa existência no mundo. Não podemos crescer em consciência do mundo (coisas, pessoas, situações) sem explorarmos a nós mesmos, sem nos aventurarmos em nosso mundo íntimo, nossos sonhos, fantasias, desejos, medos, temores e fixações de todo tipo.
Existem formas bastante conhecidas de apegos: às posses materiais, ao lugar onde vive, ao "território particular", aos relacionamentos amorosos e familiares (ciúme e instinto de proteger ou defender), às noções de religião e raça, às condições e hierarquia sociais (status, p. ex.), ao cargo que ocupa ou profissão que desempenha e assim por diante. Podem existir apegos ainda maiores, p. ex., a uma auto-imagem idealizada, a traços particulares que nos distinguem dos outros, a padrões de comportamentos e a processos psicológicos (fobias, psicoses, fixações de todo tipo). Para finalizar destaco também o apego a "filtros da percepção" como a falta de valor (auto-estima baixa), a persistência no sofrimento, a sensação de insegurança e, ainda, a perspectiva rotineira de quem sente desconfiança ou descrença diante de tudo e de todos.

Se a rigidez de nossos "filtros" é relaxada a Consciência amplia-se e abrem-se possibilidades novas. Somos todos prisioneiros de nossas projeções inconscientes. Percebe-lo é um dos primeiros e fundamentais passos na jornada de uma libertação da fixidez dos condicionamentos que aprisionam a Consciência. O que será que significa desenvolver uma Consciência Cósmica?

Um estado de Consciência Cósmica pode ter algumas exigências, pode precisar de alguns passos nossos, pode significar a necessidade de uma relativização do que é percebido: uma ótica (ponto de vista) de se ver em perspectiva assim como aos outros, uma abertura para tudo que transcende o que é apenas pessoal, uma realização de uma religiosidade (um instinto humano de relacionar-se com o Desconhecido/Inconsciente). Neste sentido, há uma exigência de que despertemos e que acabemos nutrindo uma aceitação do fato de vivermos imersos em um mistério a ser diminuído mediante um esforço na direção do desenvolvimento de uma Consciência cada vez maior do Desconhecido que nos cerca a todo momento. O Desconhecido jamais se esgotará. Temos que ter humildade diante dele e de sua imensa proporção.

O Desconhecido jamais desaparecerá do horizonte humano, esperando que o acolhamos e o aceitemos como parte da nossa Realidade: O Desconhecido em nós mesmos, nos outros, na natureza, no mundo físico, na família, nas alternativas e possibilidades humanas ainda não exercidas.

Avancemos, sempre, sem nos determos perante os obstáculos e desafios ao desenvolvimento de uma Consciência que mereça o nome... 
 
 
Luís Vasconcellos é Psicólogo e atende
em seu consultório em São Paulo.

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Email: luisvasconcellos@hotmail.com

Anjos
Anjo (do latim angelus e do grego ággelos (ἄγγελος), mensageiro), segundo a tradição judaico-cristã, a mais divulgada no ocidente, conforme relatos bíblicos, são criaturas espirituais, conservos de Deus como os homens (Apocalipse 19:10), que servem como ajudantes ou mensageiros de Deus.Os anjos são ainda figuras importantes em muitas outras tradições religiosas do passado e do presente e o nome de “anjo” é dado amiúde indistintamente a todas as classes de seres celestes.
Os muçulmanos, zoroastrianos,católicos, espíritas, hindus e budistas, todos aceitam como fato sua existência, dando-lhes variados nomes, mas às vezes são descritos como tendo características e funções bem diferentes daquelas apontadas pela tradição judaico-cristã, esta mesma apresentando contradições e inconsistências de acordo com os vários autores que se ocuparam deste tema. O Espiritismo faz uma descrição em muito semelhante à judaico-cristã, considerando-os seres perfeitos que atuam como mensageiros dos planos superiores, sem, no entanto, tentar atribuir forma ou aparência a tais seres: seria apenas uma visão de suas formas morais. A diferença da visão espírita se faz apenas pelo raciocínio de que Deus, sendo soberanamente justo e bom (atributos que seguem-lhe a perfeição, ou seja, Deus não precisa evoluir, já é e sempre foi perfeito e imutável), não os teria criado perfeitos, pois isso seria creditar a Deus a capacidade de ser injusto, face à necessidade que os homens enfrentam de experimentação sucessiva para aperfeiçoarem-se. O Espiritismo apresenta a visão de que tais seres angélicos, independente de suas hierarquias celestiais, estão nesse ponto evolutivo por mérito próprio, são espíritos santificados e livres da interferência da matéria pelas próprias escolhas que fizeram no sentido evolutivo e de renúncia de si mesmos ao longo do tempo, sendo facultado também aos homens atuais – ainda muito materializados – atingirem, através de seus esforços morais e intelectuais nas múltiplas reencarnações, tais pontos de perfeição. (O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 1865). Dentro do Cristianismo Esotérico e da Cabala, são chamados de anjos aos espíritos num grau de evolução imediatamente superior ao do homem e imediatamente inferior ao dos arcanjos. Para os muçulmanos alguns anjos são bons, outros maus, e outras classes possuem traços ambíguos. No Hinduísmo e no Budismo são descritos como seres autoluminosos, donos de vários poderes, sendo que alguns são dotados de corpos densos e capazes de comer e beber. Já os teosofistas afirmam que existem inumeráveis classes de anjos, com variadas funções, aspectos e atributos, desde diminutas criaturas microscópicas até colossos de dimensões planetárias, responsáveis pela manutenção de uma infinidade de processos naturais. Além disso a cultura popular em vários países do mundo deu origem a um copioso folclore sobre os anjos, que muitas vezes se afasta bastante da descrição mantida pelos credos institucionalizados dessas regiões.
Os Anjos são criaturas puramente espirituais dotados de inteligência e de vontade.Superam em perfeição todas as criaturas visíveis. Os anjos são uma extensão do criador.  O crescimento e a evolução dos Anjos estão ligados a sua capacidade de atrair para si uma das virtudes divinas para posteriormente irradiá-la sob a forma de bênçãos. Sua missão é atuar dentro da Luz do Amor . Eles ministram as necessidades da humanidade, magnetizando a luz para as auras dos homens, intensificando sentimentos de esperança, fé e caridade, honra, integridade, coragem, verdade, liberdade, misericórdia, justiça e todos os aspectos da mente de Deus. São mensageiros para consolar, proteger, guiar, fortalecer, ensinar, aconselhar, alertar.
Existem tipos e ordens de anjos que realizam serviços específicos na hierarquia cósmica, tal como os serafins, os querubins e anjos, que atuam às vezes com os espíritos da natureza e os elementais da terra, água, fogo e ar.
Os anjos existem desde o começo dos tempos e são citados em várias culturas:
- Judaísmo, de onde se originou os nomes dos 72 Anjos Cabalísticos;
- no Hinduismo são chamados de Devas. Seu nome deriva da raiz sânscrita, que significa “brilhar”, são os “seres brilhantes” ou “autoluminosos”, descritos nas escrituras Védicas;
- no Islamismo, onde exista uma categorização hierárquica: Em primeiro lugar estão os quatro Tronos de Deus, com formas de leão, touro, águia e homem.
Em seqüência, vêm o querubim, e logo os quatro arcanjos:
.Jibril ou Jabra’il, o revelador, intermediário entre Deus e os profetas e constante auxiliador de Maomé;
.Mikal ou Mika’il, o provedor, citado apenas uma vez no Corão (2:98) e quem, segundo a tradição, ficou tão horrorizado com a visão do inferno quando este foi criado que jamais pôde falar de novo;
.Izrail, o anjo da morte, uma criatura espantosa de dimensões cósmicas, quatro mil asas e um corpo formado de tantos olhos e línguas quantas são as pessoas da Terra, que se posta com um pé no sétimo céu e outro no limite entre o paraíso e o inferno; e
.Israfil, o anjo do julgamento, aquele que tocará a trombeta no Juízo Final; tem um corpo cheio de pelos e feitos de inumeráveis línguas e bocas, quatro asas e uma estatura que vai desde o trono de Deus até o sétimo céu .
Por fim, os demais anjos.

Arcanjos são Miguel, são Gabriel e são Rafael

Bendizei ao Senhor , mensageiros de Deus,
heróis poderosos que cumpris suas ordens,
sempre atentos à sua palavra. (Sl 102, 20)
O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos :
Miguel, Gabriel e Rafael – para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro.
Esses três arcanjos representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o seleto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao trono de Deus e são seus “mensageiros dos decretos divinos” aqui na terra.
Miguel, que significa “ninguém é como Deus”, ou “semelhança de Deus”, é considerado o príncipe guardião e guerreiro, defensor do trono celeste e do Povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus, Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas.
Gabriel significa “Deus é meu protetor” ou “homem de Deus”. É o arcanjo anunciador, por excelência, das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras, indicando que é aquele que transmite a Voz de Deus, o portador das notícias. Além da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou a ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, até mesmo no islamismo.
Rafael, cujo significado é “Deus te cura” ou “cura de Deus”, teve a função de acompanhar o jovem Tobias em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado, também, o chefe da ordem das virtudes.