quinta-feira, 17 de julho de 2014

fe
A fé é a força motriz da vida”. (Leon Tolstoi)
Para vencer é preciso lutar contra a dor. O sofrimento precede às realizações humanas. Não há caminhos sem obstáculos.
Perdas e ganhos são condições inerentes ao exercício da sabedoria. Por trás das frustrações existem aprendizados que nos dão as condições de reinventar as ideias e seguir adiante.
Thomas Edson, inventor norte americano, realizou mais de mil testes até chegar à invenção da lâmpada elétrica. Um fato marcante de sua epopeia foi a fé. Protagonista de suas incansáveis tentativas, seus inúmeros fracassos jamais abalaram seu ideal e objetivo. A cada insucesso, via diante de si oportunidades para idealizar e experimentar novos caminhos. Nunca desistir foi sua máxima.
E você, por que parou de buscar seus sonhos? Por que lamenta a vida se tem, em teu sofrer, as respostas para teu aprendizado?
À todos é dada a oportunidade do autoconhecimento. Por esse caminho nos deparamos com o que nos impede de avançar e aprendemos que superar as adversidades é uma questão de fé.
Já ouvi dizer que “fé é energia e só a energia é eterna”. Temos, então, um potencial infinito à nossa disposição para usarmos de forma ilimitada. Basta não deixarmos que as dúvidas subtraiam esse poder de nossa vida.
Diz o ditado que “Deus escreve certo por linhas tortas”. Está o Divino a ensinar que a sabedoria fecunda através de caminhos sinuosos. A presença das dificuldades nos impede de seguir sempre em uma mesma direção. Alimentando-nos dessa energia, as ideias surgem e nos fazem construir rotas alternativas e, assim, nos desviamos dos obstáculos. É como o rio que, ao encontrar morros à sua frente, contorna-os e segue adiante até chegar ao mar.
Para Thomas Edson a fé removeu montanhas de dificuldades e o fez vencedor. A inabalável crença desse inventor nunca deu espaços para as incertezas. E serve de modelo para todo aquele que diante de uma frustração reluta em seguir adiante com seus sonhos.
Se sua vida anda turbulenta, não se desespere. A capacidade humana de superar as adversidades é inesgotável.
Não faça das tempestades um sentido de perda.
A fé é um inesgotável potencial de forças que removem montanhas de dificuldades.
Como disse Aristóteles: “O que você espera que aconteça, acontece”.
Lembre-se: “Os limites humanos não estão nos obstáculos, mas no tamanho do pensamento e da fé”.
Graças à vida por nos dar tanto.
Tenório Lucena

A Arte da Tolerância

tolerancia
Em tempos de profundas mudanças, como as que vivemos nos dias de hoje, a tolerância é uma das qualidades que os seres humanos necessitam para conviver com a pluralidade de ideias e formas.
A existência de uma convivência pacífica requer conhecimentos sobre a arte da tolerância e maturidade suficiente para entender que a verdade de cada um não exclui a verdade do outro.
Nesse sentido, o texto que trago hoje, atribuído a Frei Betto, nos dá uma dimensão de significância desse tema.
Vamos à leitura.
Tolerância é a capacidade de aceitar o diferente. Não confundir com o divergente. 
Intolerância é não suportar a pluralidade de opiniões e posições, crenças e ideais, como se a verdade fizesse morada em mim e todos devessem buscar a luz sob o meu teto. 
Conta a parábola que um pregador reuniu milhares de chineses para pregar-lhes a verdade. Ao final do sermão, em vez de aplausos houve um grande silêncio.
Até que uma voz se levantou ao fundo: “O que o senhor disse não é a verdade”. O pregador indignou-se: “Como não é verdade? Eu anunciei o que foi revelado pelos céus!”
O objetante retrucou: “Existem três verdades. A do senhor, a minha e a verdade verdadeira. Nós dois, juntos, devemos buscar a verdade verdadeira”.
Só os intolerantes se julgam donos da verdade. Assim ocorre com Milosevic, ao manter-se intransigente e não admitir os direitos dos kosovares, e com Clinton, ao decidir que seus mísseis são o melhor argumento para convencer o mundo de que a Casa Branca tem sempre razão.
Todo intolerante é um inseguro. Por isso, aferra-se a seus caprichos como um náufrago à tábua que o mantém à tona.
Ele não é capaz de ver o outro como outro. A seus olhos, o outro é um concorrente, um inimigo ou, como diz um personagem de Sartre, “o inferno”. Ou um potencial discípulo que deve acatar docilmente suas opiniões.
O tolerante evita colonizar a consciência alheia. Admite que, da verdade, ele apreende apenas alguns fragmentos, e que ela só pode ser alcançada por esforço comunitário. Reconhece no outro a alteridade radical, singular, que jamais deve ser negada. 
Pode-se aplicar ao tolerante o perfil descrito por São Paulo no Hino ao Amor da 1ª carta aos Coríntios (13, 4-7): “é paciente e prestativo, não é invejoso nem ostenta, não se incha de orgulho e nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita nem guarda rancor. Não se alegra com a injustiça e se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Ser tolerante não significa ser bobo. Tolerância não é sinônimo de tolice.
O tolerante não desata tempestade em copo d’água, não troca o atacado pelo varejo, não gasta saliva com quem não vale um cuspe.
Ele jamais cede quando se trata de defender a justiça, a dignidade e a honra, bem como o direito de cada um ter seus princípios e agir conforme sua consciência, desde que isso não resulte em opressão ou exclusão, humilhação ou morte.
Das intolerâncias, a mais repugnante é a religiosa, pois divide o que Deus uniu.
Quem somos nós para, em nome de Deus, decretar se esses são os eleitos e, aqueles, os condenados? 
Só o amor torna um coração verdadeiramente tolerante. Porque quem ama não contabiliza ações e reações do ser amado e faz da sua vida, um gesto de doação.
Graças à vida por nos dá tanto…
Tenório Lucena
semear
Como as sementes que em contato com a terra produzem frutos, assim são nossos pensamentos que em contato com a vida germinam nossa realidade.
Uma boa vida depende de bons pensamentos assim como os bons frutos dependem de uma boa semeadura.
Com quais pensamentos você está semeando a sua vida?
O texto que trago hoje, atribuído ao padre Fábio de Melo, mostra-nos como semear a vida para produzir uma boa existência.
Boa leitura.
A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a ideia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver.
Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existência as mais diversas formas de sementes.
Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós, será plantação que poderá ser vista de longe…
Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que “debaixo do céu há um tempo para cada coisa!”
Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura.
Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos! Infelicidade, talvez seja o contrário.
O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes… Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã!
Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas.
Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores…
Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.
Cuidado com os amores passageiros… eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam… 
Cuidado com os invasores do seu corpo… eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem…
Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar… eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena…
Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí… elas costumam estragar o nosso referencial da verdade…
Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos… elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo.
Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo.
Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz. 
Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida.
Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito…
A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta “que os sonhos não envelhecem…” 
Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões.
Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma.
Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu pra duvidar… (?)
Graças à vida por nos dar tanto.
Tenório Lucena