quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

A BELEZA E IMPORTÂNCIA DOS FILTROS DE SONHOS


Apanhadores de sonhos são uma herança da cultura nativa norte-americana. Sua origem está ligada ao povo Objiwã, como forma de explicar a sabedoria natural dando a natureza o papel de grande sábia. Anciãos do povo Ojibwã, presenteiam os novos bebês da tribo com apanhadores de sonhos que serão pendurados em seus berços, o delicado movimento das penas trazem calma, paz e belos sonhos as crianças, além de mostrar a importância do ar. O menor movimento das penas indica a passagem de mais um sonho bom, enquanto sonhos ruins são confusos e confundem o movimentar das penas. Eles não conseguem achar passagem na teia e ficam presos até que a rede é tocada pelos primeiros raios de sol os evaporando.
Existem muitas lendas que explicam a origem desse artefato indígena, uma delas conta que:
“há muito tempo atrás, no princípio da vida, um velho Lakot, líder espiritual, estava andando por uma montanha bem alta quando teve uma visão de Iktomi, grande sábio espiritual, que apareceu para ele em forma de aranha. Iktomi usou de uma língua sagrada onde apenas os líderes Lakots poderiam entender, ao falar com ele Iktomi juntou algumas penas, crina de cavalo, e outros materiais e começou a tecer uma teia.
Iktomi, a aranha, falou sobre os ciclos da vida… do nascimento a morte. Por fim, ao atingirmos uma idade mais avançada, devemos tomar conta das crianças que nascem, completando o círculo. ‘Porém’, Iktomi disse enquanto terminava sua teia ‘em todas as épocas, existem muitas forças, algumas ruins e algumas boas, se você der ouvidos as forças boas, elas irão te guiar na direção correta. Mas se você der ouvido as forças ruins, elas irão te machucar e trazer infortúnios, além  de te guiar na direção errada’ ele continou, ‘existem muitas forças e muitos caminhos que podem te ajudar ou interferir na sua harmonia com a natureza, e com o Grande Espirito e todos os seus maravilhosos ensinamentos’.

Durante todo o tempo que falou, a aranha continuou tecendo sua teia, indo de fora para dentro. Quando Iktomi terminou de falar, deu a Lakota seu trabalho terminado e completou ‘veja, essa teia é um círculo perfeito, mas tem um furo no meio deste círculo. Essa teia te ajudará a alcançar seus objetivos e de seu povo, dando clareza ao pensamento, ideias e visões de sua tribo. Se você acredita no Grande Espirito, essa teia irá apanhar seus bons pensamentos, enquanto os maus pensamentos serão dissipados pelo furo no meio’.”
Os filtros dos sonhos não são feitos para afastar pesadelos, já que muitas vezes os sonhos ruins são formas de aprendizado. Sua função está em filtrar energias, para que as energias ruins não interferiam no processo de sonhar.
Ao confeccionar um filtro dos sonhos, pode-se colocar uma pena no centro, ou abaixo, simbolizando a respiração e o elemento ar, em alguns casos coloca-se uma pedra ou um cristal no centro. Todos esses apetrechos possuem um significado. O centro da teia corresponde ao Grande Mistério, a vida, a Força que abrange o Universo.
Muitas vezes, filtros dos sonhos que acompanharão crianças são feitos, com penas de coruja, para as meninas, simbolizando a sabedoria, e penas de águia, para os meninos, fortalecendo a coragem. Para adultos os filtros dos sonhos são trançados com fibras e não com ramos de salgueiro, o que os torna mais resistentes para lidar com sonhos mais pesados.

LIBERTE SEU ANJO

Por vezes, ser humano significa atravessar momentos de estresse, o que pode ameaçar a harmonia familiar, a vida profissional e a convivência com as pessoas. Mas você pode tocar bem lá no fundo e recorrer ao poder celeste dentro de você. Os “Anjos” podem ajudar a devolver paz a seu coração e a harmonia com sua família.

Pare – Olhe – Escute

Pare de se inquietar com o futuro, com o passado, com o desconhecido. Pare com o corre-corre de uma atividade desgastante a outra. Pare o tempo bastante para fechar os olhos, respirar fundo e sussurrar uma oração.
Olhe ao seu redor a incrível diversidade na criação toda de Deus. Olhe as bênçãos que circundam você… família, amigos, tudo que nutre seu corpo e sua alma. Olhe para dentro e veja a força e a paz que Deus lhe deu.
E escute. Escute o ritmo suave da chuva, o sibilo da chaleira, o canto dos passarinhos. Escute a voz de seu Anjo, enquanto ele guia você rumo à paz e à sabedoria.
Esperamos que nas próximas páginas você encontre a paz, a harmonia. Porque o Amor e a companhia de Deus e seus mensageiros, estarão com você, ajudando-o à crescer.
 Fonte: Portal Angels

A deusa Frigga - O Princípio Feminino na Mitologia Nórdica.


O dia da semana conhecido como sexta-feira, Friday em inglês, é uma homenagem a Frigga(ou Freya).
- Frigga, “a amada”, deusa nórdica protetora das mulheres
No limiar dos mundos, no palácio Fensalir cercado por pântanos e escondido pela névoa, a deusa Frigga fica sentada no seu trono de cristal e fia com seu fuso estelar os fios multicoloridos do destino. Rainha Mãe das divindades Aesir, Frigga é a deusa que conhece os desígnios de todos os seres, mas guarda silêncio, sem revelar o futuro ou fazer profecias. Rainha Celeste e consorte do deus Odin, Frigga, no entanto, passa mais tempo no seu palácio, onde vive cercada por uma constelação de doze acompanhantes, que personificam aspectos e atribuições divinos, cada uma tendo funções variadas.
São elas: Saga, a sábia contadora de histórias e detentora das memórias ancestrais; Eir, a curadora hábil no uso de ervas e raízes; Fulla, guardiã dos mistérios, riquezas e dons ocultos, confidente e conselheira das mulheres; Gna, a mensageira que traz os pedidos humanos e espalha as bênçãos da Deusa; Syn, guardiã dos limites, portais e de tudo que precisa ficar escondido ou fechado; Hlin, defensora e protetora das mulheres injustiçadas ou perseguidas; Gefjon, padroeira das mulheres solteiras e doadora da abundância como fruto do trabalho; Sjofn, abre os corações para o amor e a afeição; Lofn abençoa as uniões com permissão, proteção e paz; Var é a testemunha dos juramentos, que pune os transgressores e zela pela integridade moral e espiritual; Vor guia a intuição, aprofunda a compreensão e a expansão da consciência; Snotra ensina a conduta certa, reforça os elos grupais e as qualidades de gentileza, honra e parceria.
Protetora das mulheres, Frigga as conduz no aprendizado dos Mistérios do Sangue e nos ritos de passagem ao longo das suas vidas. Como Grande Tecelã, Ela fia a energia cósmica e entrega os fios para as Nornes, as Senhoras do Destino, que são as responsáveis por tecer a intrincada e complexa tessitura do destino universal.
Na cosmologia nórdica existem dois conceitos representando o destino, chamados orlög e wyrd. Orlög refere-se aos fatores que não podem ser mudados como: raça e país de origem, ancestralidade, família, genética, potencial inato, perfil astrológico, ações e eventos passados da trajetória individual, familiar e grupal e suas implicações na vida presente. Orlög é a base do destino e do próprio mundo e está além do nosso alcance, por ser imutável. Podemos imaginá-lo como uma urdidura (ou trama) de fios, fixada no tear cósmico, através dos quais move-se a laçadeira que conduz os fios móveis do wyrd. Diferente do orlög, o wyrd é mutável por ser constituído por nossas ações, atitudes e escolhas atuais, cujas conseqüências irão se refletir no futuro.
Podemos mudar a cor dos fios do wyrd, a velocidade com qual se move a laçadeira e a padronagem da tessitura, porém jamais poderemos alterar a trama básica do orlög, que reina absoluto na atuação das leis do destino. Tanto o orlög quanto o wyrd formam a teia da nossa vida, tecida pelas Nornes, que ficam sentadas sob as raízes de Yggdrasil, a Árvore do Mundo, e monitoram a vida dos deuses e dos seres humanos. Tudo está subordinado às leis das Nornes, nem mesmo as divindades escapam das leis eternas e inexoráveis.
Frigga é a única deusa que compartilha da sabedoria das Nornes, pois Ela percebe e compreende a diversidade das modulações da tessitura cósmica, mas não revela esse conhecimento. Sem poder mudar o orlög, Frigga, no entanto, pode tecer encantamentos de proteção para aqueles que Ela ama e protege, como as mulheres, em especial as gestantes e parturientes, os recém nascidos e os casais que desejam ter filhos.
Frigga se apresenta como uma mulher madura e majestosa, com os cabelos da cor das folhas de outono, trançados e presos em forma de coroa com faiscantes pedras preciosas lapidadas como estrelas. Suas vestes são simples, mas sempre usa um colar de âmbar e um cinto dourado com várias chaves penduradas. Às vezes porta um manto de penas (de cisne ou falcão) representando seu dom de metamorfose para sobrevoar os nove mundos do cosmos nórdico.
Frigga detém o poder sobre os elementos e os seus reinos, mas a sua atribuição principal é como protetora do lar e da lareira, empenhando-se em criar e manter a harmonia e a paz familiar e grupal. Por ser Ela mesma uma esposa leal e mãe amorosa, cria laços afetivos - com os fios por Ela tecidos - entre homens e mulheres, mães e filhos, deuses e humanos, conectando também os tempos, com a lembrança do passado, a vivência plena no presente e a necessária sabedoria e prudência no futuro.
A melhor maneira para pedir ajuda para a deusa Frigga é sentir o desejo sincero de harmonizar e apaziguar sua família e o seu lar. A energia do nosso ambiente doméstico permeia todos os aspectos da nossa vida e nos afeta de forma sutil ou intensa. Nosso lar deve ser nosso santuário, um oásis de tranquilidade e bem estar, onde podemos nos refugiar e refazer do desgaste cotidiano, despindo nossas armaduras, descartando máscaras e abrindo nossos corações para receber e dar amor.
Cada vez que sentirmos energias negativas invadindo nosso lar e criando discórdias e desassossego, podemos criar um pequeno ritual reunindo nossos familiares ao redor da mesa de jantar, acendendo uma vela no centro cercada de frutas secas e frescas, sementes e flores. Após uma curta oração para a Mãe Divina (arquétipo fácil de compreender e aceitar por todos) pediremos que cada pessoa possa fazer uma avaliação em relação a um fato doloroso do passado, dele se desligando e perdoando, comendo depois uma fruta seca e agradecendo pela cura e transmutação. Logo após se agradecem as dádivas do presente - incluindo a família e o lar - comendo uma fruta fresca. Em seguida faz-se uma invocação e um pedido relacionado com um projeto futuro, mastigando devagar três sementes e mentalizando sua realização.
No final todos fazem um brinde com suco de maçã agradecendo as futuras conquistas e de mãos dadas, cada um expressa seu compromisso pessoal para contribuir à sua maneira na manutenção da harmonia familiar. Quem quiser, poderá acender uma vela e caminhar ao redor da casa no sentido horário, visualizando a luz divina clareando as sombras e afastando a negatividade, interna e externa. A seguir as velas serão colocadas perto da lareira ou do fogão e deixadas para queimar até o fim. A mulher que invocou a ajuda da Deusa para sua casa, permanecerá algum tempo em introspecção e oração visualizando as vibrações de harmonia, paz, alegria e proteção preenchendo seu lar e agradecerá as bênçãos recebidas da amada Mãe Divina Frigga.
Texto de Mirella Faur
Link original do texto: http://www.teiadethea.org/?q=node%2F1