Posted on julho 22, 2013 by Tenório Lucena
“A fé é a força motriz da vida”. (Leon Tolstoi)
Para vencer é preciso lutar contra a dor. O sofrimento precede às realizações humanas. Não há caminhos sem obstáculos.
Perdas e ganhos são condições inerentes ao exercício da sabedoria. Por trás das frustrações existem aprendizados que nos dão as condições de reinventar as ideias e seguir adiante.
Thomas Edson, inventor norte americano, realizou mais de mil testes até chegar à invenção da lâmpada elétrica. Um fato marcante de sua epopeia foi a fé. Protagonista de suas incansáveis tentativas, seus inúmeros fracassos jamais abalaram seu ideal e objetivo. A cada insucesso, via diante de si oportunidades para idealizar e experimentar novos caminhos. Nunca desistir foi sua máxima.
E você, por que parou de buscar seus sonhos? Por que lamenta a vida se tem, em teu sofrer, as respostas para teu aprendizado?
À todos é dada a oportunidade do autoconhecimento. Por esse caminho nos deparamos com o que nos impede de avançar e aprendemos que superar as adversidades é uma questão de fé.
Já ouvi dizer que “fé é energia e só a energia é eterna”. Temos, então, um potencial infinito à nossa disposição para usarmos de forma ilimitada. Basta não deixarmos que as dúvidas subtraiam esse poder de nossa vida.
Diz o ditado que “Deus escreve certo por linhas tortas”. Está o Divino a ensinar que a sabedoria fecunda através de caminhos sinuosos. A presença das dificuldades nos impede de seguir sempre em uma mesma direção. Alimentando-nos dessa energia, as ideias surgem e nos fazem construir rotas alternativas e, assim, nos desviamos dos obstáculos. É como o rio que, ao encontrar morros à sua frente, contorna-os e segue adiante até chegar ao mar.
Para Thomas Edson a fé removeu montanhas de dificuldades e o fez vencedor. A inabalável crença desse inventor nunca deu espaços para as incertezas. E serve de modelo para todo aquele que diante de uma frustração reluta em seguir adiante com seus sonhos.
Se sua vida anda turbulenta, não se desespere. A capacidade humana de superar as adversidades é inesgotável.
Não faça das tempestades um sentido de perda.
A fé é um inesgotável potencial de forças que removem montanhas de dificuldades.
Como disse Aristóteles: “O que você espera que aconteça, acontece”.
Lembre-se: “Os limites humanos não estão nos obstáculos, mas no tamanho do pensamento e da fé”.
Graças à vida por nos dar tanto.
Tenório Lucena
Filed under: Caminhos de vida, Palavras aos 4 ventos | 4 Comments »
A Arte da Tolerância
Posted on julho 4, 2013 by Tenório Lucena
Em tempos de profundas mudanças, como as que vivemos nos dias de hoje, a tolerância é uma das qualidades que os seres humanos necessitam para conviver com a pluralidade de ideias e formas.
A existência de uma convivência pacífica requer conhecimentos sobre a arte da tolerância e maturidade suficiente para entender que a verdade de cada um não exclui a verdade do outro.
Nesse sentido, o texto que trago hoje, atribuído a Frei Betto, nos dá uma dimensão de significância desse tema.
Vamos à leitura.
Tolerância é a capacidade de aceitar o diferente. Não confundir com o divergente.
Intolerância é não suportar a pluralidade de opiniões e posições, crenças e ideais, como se a verdade fizesse morada em mim e todos devessem buscar a luz sob o meu teto.
Conta a parábola que um pregador reuniu milhares de chineses para pregar-lhes a verdade. Ao final do sermão, em vez de aplausos houve um grande silêncio.
Intolerância é não suportar a pluralidade de opiniões e posições, crenças e ideais, como se a verdade fizesse morada em mim e todos devessem buscar a luz sob o meu teto.
Conta a parábola que um pregador reuniu milhares de chineses para pregar-lhes a verdade. Ao final do sermão, em vez de aplausos houve um grande silêncio.
Até que uma voz se levantou ao fundo: “O que o senhor disse não é a verdade”. O pregador indignou-se: “Como não é verdade? Eu anunciei o que foi revelado pelos céus!”
O objetante retrucou: “Existem três verdades. A do senhor, a minha e a verdade verdadeira. Nós dois, juntos, devemos buscar a verdade verdadeira”.
Só os intolerantes se julgam donos da verdade. Assim ocorre com Milosevic, ao manter-se intransigente e não admitir os direitos dos kosovares, e com Clinton, ao decidir que seus mísseis são o melhor argumento para convencer o mundo de que a Casa Branca tem sempre razão.
Todo intolerante é um inseguro. Por isso, aferra-se a seus caprichos como um náufrago à tábua que o mantém à tona.
Ele não é capaz de ver o outro como outro. A seus olhos, o outro é um concorrente, um inimigo ou, como diz um personagem de Sartre, “o inferno”. Ou um potencial discípulo que deve acatar docilmente suas opiniões.
O tolerante evita colonizar a consciência alheia. Admite que, da verdade, ele apreende apenas alguns fragmentos, e que ela só pode ser alcançada por esforço comunitário. Reconhece no outro a alteridade radical, singular, que jamais deve ser negada.
Pode-se aplicar ao tolerante o perfil descrito por São Paulo no Hino ao Amor da 1ª carta aos Coríntios (13, 4-7): “é paciente e prestativo, não é invejoso nem ostenta, não se incha de orgulho e nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita nem guarda rancor. Não se alegra com a injustiça e se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Pode-se aplicar ao tolerante o perfil descrito por São Paulo no Hino ao Amor da 1ª carta aos Coríntios (13, 4-7): “é paciente e prestativo, não é invejoso nem ostenta, não se incha de orgulho e nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita nem guarda rancor. Não se alegra com a injustiça e se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Ser tolerante não significa ser bobo. Tolerância não é sinônimo de tolice.
O tolerante não desata tempestade em copo d’água, não troca o atacado pelo varejo, não gasta saliva com quem não vale um cuspe.
Ele jamais cede quando se trata de defender a justiça, a dignidade e a honra, bem como o direito de cada um ter seus princípios e agir conforme sua consciência, desde que isso não resulte em opressão ou exclusão, humilhação ou morte.
Das intolerâncias, a mais repugnante é a religiosa, pois divide o que Deus uniu.
Quem somos nós para, em nome de Deus, decretar se esses são os eleitos e, aqueles, os condenados?
Só o amor torna um coração verdadeiramente tolerante. Porque quem ama não contabiliza ações e reações do ser amado e faz da sua vida, um gesto de doação.
Quem somos nós para, em nome de Deus, decretar se esses são os eleitos e, aqueles, os condenados?
Só o amor torna um coração verdadeiramente tolerante. Porque quem ama não contabiliza ações e reações do ser amado e faz da sua vida, um gesto de doação.
Graças à vida por nos dá tanto…
Tenório Lucena
Nenhum comentário:
Postar um comentário