sexta-feira, 15 de agosto de 2014

242. O DOCE IRRADIAR
(31.07.14)

A vossa capacidade de irradiar ao redor não é sentida, mas existe.
E ocorre.
Irradiar é projetar a todos à sua volta. Irradiar emoções. Irradiar quem você de fato é.
O doce irradiar é a irradiação de amor que cada um possui, em potencial. Aqueles que amam com desvelo, com carinho, e não amam apenas aqueles que fazem parte de seu convívio, mas a todos os irmãos terrenos, amam e irradiam o tempo todo.
Aqueles que apresentam dificuldade em amar, pois ainda não descobriram essa sensação maravilhosa, irradiam pouco amor ao redor de si. É interessante observar que essas pessoas (ou espíritos, como vos sabeis...) sugam muita energia, carentes que são de amor. Chamam a atenção para si, se fazem de vítimas, simulam doenças, choram e pedem que tenham por eles o que vocês chamam de “pena”.
Fracassam em suas tentativas, pois quanto menos chamamos a atenção para nós, mais atenção despertamos!
As leis naturais são interessantes. Elas são “inversamente proporcionais”! Quanto mais discretos somos, quanto mais amorosos somos, mais atenção despertamos, pois o que de fato possui um valor maravilhoso é o amor. Já dissemos e repetimos que “muitos estão ‘gritando’ em silêncio”, lembram?
O amor mais puro é discreto, não faz alarde, e produz resultados indescritíveis!
Irradiar amor 24 horas por dia é algo que alguns espíritos fazem sem que sejam percebidos... os mentores são um exemplo maravilhoso...
Eles amam seus pupilos antes mesmo que tenham um corpo. Amam o momento da concepção, sagrado e iluminado, pois abre inúmeras possibilidades de progresso! Amam o feto que se desenvolve no útero, no plasmar de cada célula, no surgimento de cada órgão! Amam quando o bebê abre seus olhos e procura o bico do seio, no leite que nutre suas células!
Os mentores irradiam amor e não são percebidos...
Falam com vós... e não são escutados.
Sentem-vos com imenso carinho e choram quando percebem–vos errando mais uma vez...
Mas o amor deles é indiscutível.
Amor irradiado sempre chega ao destino: o coração do (a) amado (a).
Sentir as irradiações emanadas é algo que requer apenas sensibilidade ou intuição.
Quando nos sentamos em silêncio no quarto, quando nos deitamos e elevamos os sentimentos em prece sentida, rogando ajuda aos necessitados, aos doentes, aos pobres, uma sensação leve e suave nos toma e nos deixa “fora de sintonia”. É o momento em que as irradiações dos trabalhadores de luz se fazem presentes, colhendo as energias emanadas e irradiadas pela prece amorosa e caridosa. Quanto mais orardes, mais energias irradiadas dos mentores, socorristas, médicos e demais trabalhadores das colônias colhereis...
O Amor Crístico que cada um possui está dentro do coração de cada um. Aqueles que permitiram o seu aflorar, usam-no sempre. Aqueles que ainda não o descobriram, rogam amor, ao invés deixar que este simplesmente flua com naturalidade...
Deus, em sua infinita bondade e amor, quer compartilhar as maravilhosas sensações de compaixão, alegria, entusiasmo, perdão e mansuetude com todos os Seus filhos, não há dúvida! Mas a descoberta é valor pessoal, é bloqueio ou fluxo, é doação ou pedido, é entendimento ou ignorância.
Tudo um dia se resolve...
Cada um descobre, em seu ritmo e velocidade, a maravilhosa sensação de sermos TODOS UM!
Deus está em você. A compaixão aí existe. O irradiar de amor aí existe... o doce irradiar também. Amar e não exigir, amar e perdoar, amar e não cobrar, amar e não julgar...
Finalmente descobre-se que a regra é bem mais simples: basta amar.
Ao amar, o ser já está irradiando. Ao amar o tempo todo, é o que aqui estamos chamando de “o doce irradiar”.
O que ocorre entre o mentor e seu assistido é exatamente isso. Percebem-se todas as situações. Sabemos o quanto sofrem, o quanto erram, o quanto falham e caem. Levantam-se, feridos, as feridas doendo, as lágrimas nos olhos. Abraçamos-vos, e quase ninguém nos sente. Mas oramos e seguramos nas vossas mãos, algumas crispadas na raiva e revolta, outras largadas ao longo do corpo, desfalecido pelo desânimo.
Tentamos capacitar-vos a entenderem que a única forma de vos curarem de todo o sofrimento é o entendimento das regras da natureza: sofrimento não existe onde há entusiasmo combinado com serenidade, alegria combinada com calma, vontade combinada com a mansuetude, amor combinado à sabedoria, que se deriva do estudo.
Muitos não ouvem e ainda buscam alegrias artificiais, que não alegram, entusiasmo oco, que não dá entusiasmo, mas apenas paixão. E paixão é sentimento passageiro, efêmero, vazio.
Amor sereno é amor verdadeiro. Amor que irradia até chegar ao nível do doce irradiar.
Todos são dignos desse amor, mas é preciso deixá-lo emergir das profundezas do coração. E, para isso, é preciso abandonar a agressividade e a revolta, que de fato não possuem qualquer razão para existir, pois “a cada um conforme suas obras”. Quem plantou sementes amargas colherá frutos amargos...
As lições desses frutos não são entendidas. Muitos vão e voltam da carne, entrando pelas “portas dos fundos” no plano astral, pois não conseguem aproveitar os ensinamentos que lhes foram planejados e passam a existência terrena sem sequer irradiar o amor puro e verdadeiro, mas apenas com algumas sensações que são como “sombras de amor”. Decepcionam-se, reclamam, condenam aos outros, sentem-se injustiçados, acreditam na “ira de Deus”, como que castigados, e retornam doentes e perturbados.
Alguns não conseguem sentir qualquer amor, por mais incrível que vos possa parecer... cristalizados no ódio sem fim, são preconceituosos e arrogantes, as palavras destilam azedume, a avareza os torna deformados e cheios de dores, e o final dos dias da carne é de sofrimento atroz, em meio a remédios, exames e consultas sem fim, que nada resolvem, pois a doença é da alma, e a cura é da alma também.
Irradiam névoas escuras, e são cercados por irmãos infelizes que, sugando-lhes as últimas energias, os vêem desencarnar para seguir o triste caminho da escuridão umbralina.
O doce irradiar não lhes passa sequer por um segundo nas mentes endurecidas. Quando vierem a sentir tal sensação, lhes parecerá um milagre. \e não há qualquer milagre, pois milagres não existem.
O que de fato ocorre é que após séculos ou milênios, finalmente a percepção daquele ser lhe dá uma dica: cansaço. Ele se cansa de odiar e de fazer o mal. Nenhuma ovelha de fato se perde do rebanho, apenas afasta-se dele.
Passado o tempo que for necessário, alguém, em algum lugar, com o doce irradiar, atingirá uma fibra do coração endurecido. Ele a fará estremecer. Ele a fará vibrar numa outra faixa frequencial. Ele mostrará um rápido, mas certeiro flash, que despertará aquilo que estava guardado, trancado, blindado e isolado e então, só então, não haverá como voltar, pois essa é a sensação mais incrível, mais maravilhosa e indescritível que alguém pode sentir: trata-se do AMOR. Pequeno e quase imperceptível, ele incomodará o endurecido coração de pedra. Ele crescerá, dia a dia.
Uma sensação que provocará tontura e mal-estar, calafrios e arrepios. A doçura tomará lentamente a fria pedra cardíaca, até transformá-la em suave flor desabrochada.
Daí se seguem as lágrimas.
Daí se segue o pedido: “Ajuda-me, não posso mais!”...
Assim, pois, vos aguardo. Daqui, já emano as doces irradiações de amor por vós há muito.
Daí, já sinto-as em alguns momentos do dia. Que tal as emitir... sempre?
Olimpulus

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